Reis E Rainhas

Mergulhe na fascinante história da África com nosso livro que apresenta trinta verbetes sobre grandes reis e rainhas do continente! Explore esta coleção única e deixe-se encantar pelas histórias de bravura, sabedoria e liderança que continuam a influenciar o mundo até hoje!

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DOM AFONSO I

O Rei Cristão do Congo (1456 – 1542)

Durante o governo de seu pai, Anzinga Ancua, os portugueses chegaram ao reino do Congo. Inicialmente seu pai se converteu ao cristianismo e adotou o nome de Dom João I. Mvemba a Nzinga foi batizado Afonso.  Seu governo abraçou o cristianismo e seu neto se tornou Bispo. Estabeleceu boas relações comerciais e diplomáticas com os portugueses. No entanto, os portugueses começaram a prejudicar seu reino iniciando o comércio de escravizados africanos primeiro para a Ilha de são Tomé e depois para as Américas.

 

AMINA

A Guerreira de Zazzau

Zazzau (atual cidade de Zaira, Nigéria) era o principal reino da confederação dos povos hauças.

A Rainha guerreira Amina assumiu o trono de Zazzau em 1588. Líder corajosa e estrategista militar, travou uma campanha de trinta e quatro anos contra seus vizinhos para expandir seu território. Seu exército, composto por vinte mil soldados de infantaria e mil soldados de cavalaria, conquistou grandes extensões de terra e dominou diversas rotas comerciais.

 

ANÍBAL

O General de Cartago (247 aC – 183 aC)

Aníbal Barca, é considerado um dos maiores estrategistas militares da história. Cartago era uma potência comercial que controlava as rotas comerciais do mar Mediterrâneo. Neste período, Roma começou a se fortalecer e disputou a hegemonia regional com Cartago. As guerras entre Roma e Cartago ficaram conhecidas como Guerras Púnicas.

 

AKHENATON

O Faraó revolucionário (1375 aC – 1358 aC)

Akhenaton governou o Egito durante dezessete anos e fez uma revolução no Império. Abandonou o politeísmo religioso egípcio e impôs a adoração ao deus Aton. Seu nome significa “aquele que louva Aton”. Porém a nova religião foi adotada apenas pela nobreza e a religião tradicional retornou após a morte do faraó.

 

ASKIA MUHAMMED TOURE

O Imperador de Songhai (1493 – 1529)

No auge de seu reinado, o Império Songhai abrangia os estados Hauças até Kano (no atual norte da Nigéria). Toure controlou rotas comerciais que atravessavam o deserto do Saara e se estendiam até a Europa e a Ásia (as rotas transaarianas).

 

Benhanzin Bowelle

O Rei Tubarão do Daomé (1841 – 1906)

Benhanzin Hossu Bowelle foi o último rei da África Ocidental. Lutou ferozmente pela liberdade do Daomé (atual Benin) contra os colonos franceses. Nascido em 1844 sob o nome de nascimento Kondo, Bowelle era filho do rei Glegle.

 

CLEÓPATRA

A Faraó do Egito (69 aC – 30 aC)

Cleópatra era descendente de africanos e gregos. Ela ficou marcada por ter se relacionado com Júlio César, cônsul de Roma, concebendo um filho com ele. Também se envolveu com Marco Antônio, outro general romano, durante dez anos. Cleópatra organizou a economia e a produção de grãos, tornando a cidade de Roma dependente dos alimentos produzidos pelo Egito.

 

DUBA WATEMBO

O Rei do povo tchokwe (1840 – 1880)

Por volta de 1850, exploradores europeus relataram que existia um poderoso rei tchokwe que vivia na floresta africana que impedia qualquer estrangeiro de atravessar suas terras. Registraram o nome de Dumba Watembo. Os exploradores portugueses Capelo e Ivens finalmente conseguiram encontrar o rei Dumba Watembo. Dumba Watembo comandou uma grande expansão de seus domínios e enfrentou a colonização portuguesa no interior de Angola.

 

GINGA

A Rainha de Matamba (1582 – 1663)

Nzinga Mbande em quimbundo, Ginga em português. Nasceu por volta de 1582. Assumiu o trono do reino do Ndongo na época que os portugueses invadiram a região na busca por escravos. Organizou a resistência e conquistou o reino de Matamba. Na luta de independência de Angola contra Portugal na década de 1970, a rainha Ginga se tornou símbolo de resistência, sendo até hoje lembrada por seus feitos políticos e militares.

 

HATSHEPSUT

A Faraó do Egito (1503 aC – 1482 aC)

Após a morte de seu marido, o faraó Tutmés II, seu enteado, chamado Tutmés III, ainda era uma criança que não estava apta a governar. Hatshepsut assumiu o poder como regente na menoridade de Tutmés III. Mais tarde, devido seu bom governo, foi aclamada pelo povo e decidiu assumir a dignidade de faraó e governar em seu direito.

 

IDRIS ALOOMA

O Sultão de Bornu

Idris Alooma construiu um dos maiores impérios da África: Kanem-Bornu. Sua diplomacia construiu relações com Trípoli, Egito e o Império Otomano. Alooma reformou o reino criando leis e normas que facilitam o comércio e valorizavam o exército.  Criou um corpo de escravos conselheiros, que eram educados em casas nobres.

 

JAJA

O Senhor de Opobo (1821 – 1891)

Jaja Jubogha foi o fundador da cidade-estado de Opobo (atual Nigéria). Deixou a condição de servo e assumiu o comando dos negócios após a morte de seu mestre. Construiu uma confederação de comerciantes que controlavam parte do circuito comercial da região. A vila em que centralizava suas operações se tornou a cidade de Opobo. Controlou a produção e o comércio de óleo de palma da região.

 

KHAMA III

Rei da Bechuanalândia (1837 – 1923)

Depois que Khama se tornou rei em 1875, havia grandes riscos de invasão dos boers, alemães e reinos rivais. Para garantir sua autonomia se tornou aliado dos britânicos. Se converteu ao cristianismo e aprovou leis rigorosas contra a importação de álcool. Usou o apoio britânico para construir escolas primárias, silos de grãos, sistemas de circulação de água e iniciou até mesmo uma faculdade chamada Moeng. Modernizou a capital Serowe.

 

MAKEDA

A Rainha de Sabá (c. 960 a.C.)

A rainha de Sabá, na Torá, no Antigo e no Novo Testamento e no Alcorão, é uma célebre soberana do antigo Reino de Sabá (atual Etiópia). Nas passagens bíblicas a rainha de Sabá e o rei Salomão são descritos como dois monarcas envolvidos em assuntos de estado.

 

MANSA KANKAN MUSA

O Imperador do Mali (1306 – 1337)

Musa Keita se tornou mansa (rei) do Mali em 1312.  Dominou o comércio de ouro e sal que eram distribuídos para Ásia e Europa a partir das rotas transaarianas. Sua fortuna em ouro é incalculável. Mansa Musa construiu diversas escolas, mesquitas, bibliotecas e museus. 

 

MENELEK II

Rei da Etiópia (1844 – 1913)

Menilek II, também escrito Menelik II, rei de Shoa (1865-1889) e imperador da Etiópia (1889-1913). Um dos maiores governantes da Etiópia, ele expandiu o império quase até suas fronteiras atuais, repeliu uma invasão italiana na Batalha de Adwa em 1896.

 

MOSHOESHOE

Rei do Lesoto (1786 – 1870)

Moshoeshoe (significa navalha em português) foi o fundador do reino do Lesoto. Em 1810, o império zulu, sob o comando de Tchaka Zulu, conquistou diversos povos da região. Moshoeshoe unificou alguns povos e montou uma fortaleza para se defender dos zulus. Moshoeshoe é visto como pai da nação do Lesoto, ainda muito reverenciado na atualidade, sendo o dia 18 de março conhecido como Mosheosheo Day pelo país.

 

NANDI

A mãe do Império Zulu (1778 – 1826)

Nandi ka Bhebhe nasceu entre os anos de 1760 e 1767. Ela engravidou de Senzangakhona, um dos herdeiros do trono zulu. No entanto, o príncipe não assumiu a paternidade da criança. Nandi foi acusada mentir sobre sua gravidez. Sua barriga teria sido provocada por um besouro conhecido como iShaka, que faz a barriga inchar. Por ironia, Nandi nomeou seu filho de Shaka, uma provocação para aqueles que a acusavam de não estar grávida. Educou seu filho para se tornar um líder. O inseriu como soldado para aprender táticas de guerra. Quando Senzangakhona morreu, derrubou seu meio-irmão e assumiu o comando dos Zulu

 

NEFARTARI

A Rainha Núbia do Egito (1290 a.C. – 1254 a.C.)

Nefertari (significa “a mais linda”). Ajudou a tecer alianças estratégicas que fortaleceram o governo de seu marido, o faraó Ramsés II. Era iniciada em rituais que garantiam a fertilidade da terra. Alcançou grande popularidade e era adorada como uma rainha generosa. Nefertari exerceu um importante papel nas negociações de paz com os povos vizinhos, nomeadamente com os hititas, correspondendo-se com a rainha do Império Hitita.

 

NENHANDA CHARWE

A mãe do Império Monomotapa (1862 – 1898)

Nehanda Nyamhita Nyakasikana, é uma personagem mítica do Zimbabué. Segundo a lenda, Nehanda era filha de Mutota, o fundador da dinastia do Monomotapa. Após participar de um ritual, permitiu que seu irmão se tornasse o herdeiro, dando origem à dinastia Mutapa. Nyamhita Nehanda, então, foi a mãe fundadora da dinastia que criou um poderoso reino.

 

OSSEI TUTU

O fundador do Império Ashanti  (1650 – 1717)

Ossei Cofi Tutu I foi um dos fundadores do Império Axante. Os axantes são um grupo étnico akan da África Ocidental. Osei Tutu liderou uma aliança dos estados axantes, a partir da capital Cumasi. Ele governou entre c.1680 até c. 1701. Iniciou um processo de expansão, se tornando imperador axante de 1701 até c.1717.

 

SAMORY TOURÉ

O Napoleão Negro do Sudão (1830 – 1900)

Samory Touré foi um guerreiro e soberano malinque. Entre 1852 e 1882, Samory Touré criou o Império Mandinga. Criou um Estado baseado em seu exército poderoso, equipado com armas europeias e técnicas sofisticadas. Possui mais de trinta mil soldados e uma cavalaria de três mil homens. Seu exército atuava em guerras e na coleta de impostos, criando uma rede de dependência e solidariedade. Esta estrutura permitiu a expansão do império.

 

SHAKA ZULU

O Imperador dos Zulus (1787 – 1828)

Shaka kaSenzangakhona fundou o poderoso império zulu que ensombrou os colonos britânicos no século XIX. Filho ilegítimo de Senzangakhona, Shaka e a mãe Nandi foram banidos da sua aldeia e forçados a viver no exílio. Em 1816, enfrentou seu irmão na luta pela sucessão após a morte de seu pai.  Shaka criou regimentos permanentes que viviam separados da sociedade civil em acampamentos militares. 

 

SHAMBA BOLONGONGO

O Rei bondoso dos bakubas (c. 1600 – 1620)

Shamba Bolongongo foi um soberano do povo Bashong. Grande líder militar, construiu um reino que governou dezenas de etnias. No entanto, sua fama vem de sua sabedoria e clemência. O Rei Shamba buscou preservar a paz instituindo um sistema de governo representativo. O governo era dividido em setores que incluíam o exército, filiais judiciais e administrativas que representavam todas as pessoas de Bushongo.

 

Sunni Ali Beer

O Primeiro Imperador Songhai (c. 1492)

Sunni Ali (Beer significa “o Grande”) foi o primeiro rei do Império Songhai. Quando assumiu o trono de Songai em 1464, o reino era um pouco maior que sua capital, a próspera cidade comercial de Gao. Com a desintegração do Império do Mali, Sunni ʿAlī conquistou as principais cidades da região: Timbuctu (capturada em 1468) e Djenne (capturada em 1475). Durante seu governo, o Império Songai ultrapassou o auge do Império do Mali e do Império de Gana.

 

TAHARQA

Núbia (710 a.C. – 664 a.C.)

Taharqa foi um faraó da 25ª Dinastia do Egito e qore (rei) do Reino de Cuxe (ou Kush) entre 690 a.C. e 664 a.C. Enfrentou os assírios, iniciando um período de renascimento próspero no Egito e Cuxe. A religião, as artes e a arquitetura foram restauradas. Sob Taharqa, houve intensa integração cultural do Egito e Cuxe. Foi durante a 25ª dinastia que houve retomada da construção de pirâmide. 

 

TENKAMENIN

O Imperador de Gana (1037 – 1075)

Tenkamenin governou o Império de Gana (atual Mali e Mauritânia). Organizou um poderoso exército e expandiu seus domínios. Estabeleceu uma forma de governo que respeitava a autonomia dos povos conquistados mediante o pagamento de tributos. Sob seu governo, Gana se tornou o centro de comércio em toda a África Ocidental.

 

THUTMOSE III

O poderoso Faraó do Egito (753 a.C. – 712 a.C.)

Tutmés III governou o Egito por mais de cinquenta anos. Durante os primeiros vinte e dois anos de seu reinado, ele foi co-regente com sua madrasta e tia, Hatshepsut, que foi nomeada faraó. Sob seu governo o Egito alcançou sua maior dimensão. Conquistou terras da Síria à Alta Núbia. Ele é considerado, junto com Ramsés II, o Grande, um dos maiores faraós da história.

 

TIYE

A Rainha da Núbia (1415 a.C. – 1340 a.C.)

Tiye foi esposa do faraó egípcio Amenhotep III. Ela era a mãe de Akhenaton e avó de Tutancâmon. Provavelmente era de origem núbia. Tornou-se a conselheira do governo de seu marido. Sábia, inteligente, forte e feroz, ela conseguiu ganhar o respeito de dignitários estrangeiros que negociavam diretamente com ela. Foi a primeira rainha egípcia a ter seu nome registrado em atos oficiais.

 

YAA ASANTEWA

A líder dos Ashantis (1840 – 1923)

Yaa Asantewa liderou o exército do Império Axante contra os colonizadores britânicos na Costa do Ouro (atual Gana). Pertencia ao poderoso clã de Eijisu, no antigo Império Ashanti. Sua imagem é celebrada como símbolo da luta anticolonial e do protagonismo feminino na construção da nação.

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